Eletric Blue Heaven












O filme  Eletric Blue Heaven patrocinado pela marca australiana Globe, é um curta conceitual estrelando o surfista profissional Dion Agius na melhor onda artificial do mundo o Wadi Adventure em Dubai, com um surfe eletrizante e trilha sonora incrível o video é uma produção de surf  pós moderna que mais se parece com um sonho como um oasis de ondas perfeitas no deserto e que contou com a participação de 10 modelos russas e foi capturado pelas lentes de  DJ Struntz, Beren Hall, Grady Archbold e Joe G que dirigiu o curta.  Esta é uma sessão de surf e produção cinematográfica que servem justamente para empolgar qualquer um a cair na água e aproveitar cada segundo sobre a onda.




Nti Sheeto a surf film experience














                                     

Nti Sheeto (Knee-sheet-o) is a surf film illustrating the contrast between the psychedelic and magical natural wonders of Indonesia with the surreal and demented trappings of it's darker nighttime street culture. We love Indonesia for all that it is and this is Dion Agius' film opus to the region. Starring Ozzie Wright, Dion Agius, Creed McTaggart, Thom Pringle and Warren Smith.


NTI SHEETO from What Youth

The twin keel fish



      









A primeira prancha, com as iniciais,  R. C. L. de Robson Coelho Lopes, é  mais uma prova da visão do shaper que surfa,  um modelo Twin Keel Fish 5,6 com bloco original Clark Foam.  Foi sua primeira invenção em nível de primeiro experimento.

Com edge em todo o bottom a prancha funciona muito bem, como o própio Robson descreveu, solta, funciona quase como uma Alaia, e gira em 360 graus. 

Apenas empoeirada a prancha está intacta e logo voltará a deslizar nos meio metros de ondas a um  de séries maiores no cavados e rápidos insides de Copacabana e Ipanema, dependendo dos ventos e ondulações do Oceano Atlântico que trazem nesta época do anocorrentes marítimas tropicais durante o inverno sul americano.


G.T.S





Novos shapes













Novos shapes na linha de produção !!

The Single Coffin









            The Single Coffin - 6,6 1/1



Robson Lopes


Robson Lopes, também conhecido como Anão, é shaper com 30 anos de experiência, morador da comunidade Vila Rica no Rio de Janeiro, vivenciou três décadas de surf uma atividade que se tornou estilo de vida e um esporte de alta performance. Robson é mais um surfista, que decidiu se dedicar a sua paixão e decidiu te lo como atividade pessoal e profissional.

Robson vive e sobrevive com o surf, fabrica pranchas, faz concertos e da aulas de surf para iniciantes e estrangeiros, tem a rotina diária de levar seu filho na escola de manhã cedo aproveitando o trajeto matinal de bicicleta para checar as ondas, segue o rumo pela orla de Copacabana no início da manhã até o Arpoador o epicentro da cultura surf no Brasil.  Dependendo das condições do mar ou das tarefas diárias, Robson rapidamente agiliza o surf ou segue para o trabalho na sua fabrica de pranchas chamada de Stoked Surfboards Industry, que  funciona como uma ateliê de um artista underground, neste espaço   ele faz suas artes e seus experimentos com design e hidrodinâmica de pranchas, com fibra de vidro, e pó de poliuretano, um espaço onde sua arte é desenvolvida com muita força de vontade e paixão.

Uma prancha pendurada em um poste na Rua Real Grandeza  me chamou atenção para a Stoked Surfboards,  passava por ali todos os dias no trajeto para o trabalho,  em 2011 fiz uma foto desta prancha pendurada no poste que me chamava muita atenção,  mas só um ano depois quando precisei concertar minha prancha resolvi ir até a Stoked Surfboards e conhecer quem estava por trás daquela foto.



Foi quando deixei minha prancha para o Robson consertar, para ele eu era mais um haole concertando a prancha, eu nem imaginava que ele era shaper. Quando busquei a prancha acabei conhecendo a sala de shape e ele me mostrou um mini protótipo de uma de suas criações, com um outline que nem ele sabia como re-fazer.  Foi neste momento vendo aquele pedaço de bloco sob as luzes laterais da sala de shape, tive vontade de ter uma prancha nova, de experimentar novas sensações, surfar.

A partir deste momento decidi que queria uma nova prancha e que aquele era o lugar onde esta prancha iria ser produzida, um projeto com um designer e um shaper.   Tentei desenrolar com o Robson para shapear a minha própria prancha, mesmo sem ter conhecimento técnico nenhum, eu só queria esculpir um bloco e shapear a prancha que estava na minha cabeça. Ele concordou mas eu teria que alugar a sala e os equipamentos, e eu nunca aprendi a segurar uma plaina. Pensei bem e decidi que seria mais simples decidir como seria o shape e deixar a mão de obra com ele, já que ele era o shaper e eu não. 

Voltei depois de algum tempo tentando decidir se eu queria uma mini-simmons, uma quadri-quilha, ou uma prancha igual do Dane Reynolds com uma pegada anos 80 ou uma singlefin estilo Alex Knost.  Eu queria todas mas tinha que escolher apenas uma e ter uma de cada vez no quiver. 

Ofereci ajudar a marca Stoked com um re-design do símbolo pra uma nova seda mais maneira para usar na prancha, ele logo percebeu que eu poderia ajudar ele com marketing me chamou de marqueteiro algumas vezes, eu tentei explicar qual era a função do designer na sociedade, mas o assunto sempre voltava para surf e design de pranchas. Até que um dia o Robson me ofereceu um bloco sucata para fazer a minha prancha, este bloco de segunda custava 80 reais estava em promoção, eu quis o bloco mas teria que busca-lo em São Cristóvão no outro dia. O Robson não pode ir e acabei fazendo a missão sozinho, peguei o contato  e o endereço da fabrica e perguntei sobre os blocos e acabei decidindo na hora qual seria o bloco,  escolhi o modelo que fazem os modelos retrô, lá na fábrica decidi comprar o bloco Fishy  tamanho 6,8 mesmo em dúvida se eu queria uma single-fin ou uma quadriquilha.

Voltei de São Cristóvão de ônibus com um bloco 6,8 e outro bloco sucata  6,0  para o Robson que havia me pedido para trazer dois, mas o meu dinheiro só deu pra comprar um bloco 6,8 Fishy e outro bloco de sucata.

Saltei do ônibus em Copacabana com os dois blocos pendurados no ombro com uma fita plástica com os dois blocos amarrados,  subi a Figueiredo de Magalhães em direção a Botafogo passando pelo túnel velho, eu estava amarradão com aquela situação, pois sabia que a primeira missão havia sido cumprida, minha nova prancha estava a caminho e logo estaria com ela, o primeiro passo já tinha sido realizado com sucesso.

 Entreguei os dois blocos para o Robson, que não acreditou que eu não tinha trazido um dos dois blocos sucatas que ele havia encomendado, tive que deixar  de comprar um deles, pois o meu bloco 6,8 era mais caro do que o valor que haviam me passado por telefone. O dinheiro só deu para os dois.

 Na hora o Robson ficou bolado comigo, falou que eu tinha sido trapaceado pela vendedora, e que aquele bloco 6,8 era muito grande pra fazer uma 6,0 e por isso não serviria. Além do mais um dos blocos seria usado para uma nova prancha pra um garoto surfar o campeonato do Arpoador no Domingo. 

 No dia seguinte o Robson se mostrou motivado com o bloco 6,8 e sugeriu que o shape fosse uma single-fin 6,6, gostei da  sua motivação e sugestão, ele havia estudado sobre single-fins através da revista que levei pra ele, a revista Hard Core com o Alex Knost fazendo um bottom- turn para a direita como um legend dos anos 70 na capa. Levei pra ele também a primeira edição da revista The Surfer's Journal Brasil, com uma matéria sobre o Tito Rosemberg que falava sobre as primeiras mono quilhas fabricadas no Brasil.

 Robson tinha ido a fundo no assunto leu e releu as matérias, e me falou com toda serenidade que havia ido na casa de um conhecido dele, que teria uma single fin São Conrado original, a mesma prancha que Tito Rosemberg havia citado na matéria da TSJ Brasil.  Ele estava fazendo sua pesquisa de campo, para medir manualmente o shape. Sendo um hand-shaper, a medida para espessura e peso são fundamentais para sentir o design em mãos.  Ele me convenceu que uma monoquilha não poderia ser menor que 6,4 e dei aval para que a prancha fosse uma 6,6 como ele havia sugerido. Combinamos que cada um de nós desenharia um outline para comparar e ver qual dos dois estaria melhor até este dia eu não tinha confiança no design, feito por ele.

 No dia em que combinamos de ver os outlines, foi um sábado que havia ido surfar no meio de Ipanema, com meu camarada Wolmin Dagrotah, chegamos no meio da manhã por volta da 9:30, chegamos para encontrar o Fabio Minduim que estava fotografando esse dia incrível de ondas em Ipanema, o mar estava clássico uma mistura de Fernando de Noronha com Hawaii com a água mais cristalina possível e um leve vento terral faziam daquele mar um dos melhores dias de surf da vida. E lá estava eu sentindo o "stoke" de surfar sem prancha apenas remando de pé de pato, a onda extremamente rápida e cavada rodavam em tubos pelo inside do bech break na cidade do Rio de Janeiro, como se a linha do outside fosse um portal para um sonho acordado, a tarde depois do relax do surf fui até a stoked  com o sangue ainda pulsando de adrenalina e fomos para a sala de shape, eu estava com meu outline desenhado em um pedaço de papel pardo em escala 1:1 dentro da mochila. Quando chegamos na sala de shape, e as luzes ascenderam, vi o bloco em pé com o outline desenhado dividido em três partes. A primeira reação foi de imediata alegria e vibração:

- Caraca, que shape!!!  É isso !!! Eu que havia subestimado o Anão, agora estava vibrando de emoção ao ver apenas o desenho do outline no bloco, eu já estava vendo a prancha e agora tinha total confiança no meu shaper. 




É isso mesmo ? Perguntou pra ter certeza se eu havia realmente gostado, eu confirmei, ele perguntou se poderia cortar aquele line naquele mesmo momento. Pensei um pouco e  não tive dúvida que o outline estava perfeito, com sua teroria especial cortou o bloco naquele momento seguindo o registro do outline que havia medido por horas. Cortou o bloco e disse - É isso que torna a prancha mágica. Perguntei o que era pois eu não havia percebido.  Ele então explicou a sua teoria dos dois lados do cérebro e me pediu para manter o segredo. Ok vou guardar com esta prancha para sempre, e vou lembrar disso quando sentir que a prancha é mágica dentro d'água.